O Censo investiga temas para domicílios e moradores. Acerca dos domicílios, temos, por exemplo: iluminação, abastecimento de água, saneamento, existência de computador com acesso a Internet etc. Já quanto aos moradores são questionados acerca de escolaridade, trabalho e rendimento, idade, cor/raça, deficiência, etc. Para conhecer todas as variáveis investigadas, os questionários do Censo estão disponibilizados no site do Censo no portal do IBGE na Internet (www.censo2010.ibge.gov.br). Há ainda 11 novos temas no Censo 2010.
Em relação aos domicílios, o IBGE investigará:
Uso de medidor e disponibilidade de energia elétrica; existência de telefone celular, motocicleta, acesso à Internet; emigração internacional; e responsabilidade compartilhada do domicílio (podendo ser indicados um ou mais responsáveis);
Em relação aos moradores, o IBGE investigará:
Para a população indígena, a etnia ou povo a que pertence e a língua falada; existência de registro de nascimento para os moradores com até dez anos; migração interna de última etapa; inclusão de curso de especialização de nível superior como o mais elevado que freqüenta ou freqüentou; identificação de rendimentos provenientes de programas sociais; se trabalha em um só local e tempo habitual de deslocamento de casa para o trabalho, arranjo familiar de cônjuges do mesmo sexo.
Em 26 de julho, encerrou-se o treinamento dos recenseadores e os aprovados estarão agora aptos para iniciar o recenseamento. O recenseamento é o ato em que o recenseador visita o domicílio e solicita informações através de entrevista para uma pessoa de referência, não sendo necessário entrevistar todas as pessoas do domicílio.
Durante esta semana, cada posto receberá recursos de informática, cartografia e equipamentos - como o computador de mão - para distribuição aos recenseadores, e os setores serão repartidos entre eles. O recenseador têm disponível no computador de mão o questionário, o setor pelo qual será responsável e os domicílios urbanos (definidos por endereço) e rurais ou de difícil acesso (definidos por coordenadas).
Os setores são a área de trabalho do recenseador. Em 1 ano o IBGE percorreu todo o território nacional e o dividiu em 314 mil setores, aproximadamente 1,5 setor para cada recenseador.
O recenseador é orientado a voltar ao posto pelo menos duas vezes por semana para salvar os dados no laptop. Os postos possuem uma rede de supervisores que transmitem os resultados dos questionários para a Sede. Os dados são passados do computador de mão para o laptop que transmite os dados para o CDDI. Onde o sistema de comunicação não for satisfatório, os dados serão transferidos via pendrive.
A montagem desses postos aconteceu com a colaboração dos membros das Comissões Censitárias. Todos os municípios possuem uma comissão composta por membros da sociedade civil nas quais participaram 60 mil pessoas em 2 anos.
O Censo 2010 envolveu 3 anos de preparação de trabalhos internos. Pela internet, foram recebidas 9 mil sugestões de temas para o questionário que levou 1 ano e meio para ser concluído após testes de campo e de tecnologia.
Há 2 tipos de questionário: básico, com 37 perguntas que será aplicado em 89% dos domicílios, e de amostra, com 108 perguntas que será aplicado em 11% dos domicílios. O número de questionários de amostra é proporcional à população do município.
Pela 1ª vez no Censo, quando o recenseador retorna várias vezes ao domicílio e não consegue fazer a entrevista, o questionário poderá ser respondido pela internet. No entanto, deve haver obrigatoriamente o contato com o recenseador, pois ele entregará um envelope lacrado para o morador com a senha de acesso ao questionário. O morador possui um prazo para responder ao questionário, se ainda não tiver respondido após esse prazo, o posto de coleta recebe um alerta e o recenseador volta ao domicílio. ATENÇÃO: O IBGE não possui endereço eletrônico de ninguém, portanto ninguém receberá qualquer e-mail do IBGE.
Imediatamente após a conclusão da entrevista feita pelo recenseador, os dados são salvos e criptografados no computador de mão.
O Seminário para Jornalistas com o Presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, aconteceu no auditório do CDDI – Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE, em 26 de julho de 2010, foi transmitido ao vivo para as Unidades Estaduais e recebeu perguntas dos jornalistas de todos os Estados via chat. O objetivo era preparar os jornalistas para a cobertura do Censo 2010.
Também estavam presentes o Gerente Técnico do Censo Demográfico 2010, Marco Antônio Alexandre, a Coordenadora Operacional de Censos, Maria Vilma Salles Garcia, e outros diretores e pesquisadores envolvidos no Censo.
O Censo 2010 envolveu 3 anos de preparação de trabalhos internos e, ontem, encerrou-se o treinamento dos recenseadores. Ao longo desta semana, cada posto de coleta receberá recursos de informática, cartografia e equipamentos, como o computador de mão com os questionários, para distribuição aos recenseadores. São 7 mil postos informatizados em todo o Brasil, 283 no Estado do Rio e 95 no município.
Há 2 tipos de questionário: básico, com 37 perguntas, e de amostra, com 108 perguntas. O questionário é escolhido aleatoriamente quando iniciada a entrevista e, imediatamente após a sua conclusão, os dados são salvos e criptografados no computador de mão. Esses dados serão transferidos do computador de mão para o laptop do posto e transmitidos para o CDDI. Pela 1ª vez no Censo, o questionário poderá ser respondido pela internet quando há a impossibilidade de encontrar o morador disponível no domicílio, no entanto, deve haver obrigatoriamente o contato com o recenseador, pois ele entregará um envelope lacrado para o morador com a sua senha de acesso.
Serão 3 meses de coleta de dados, sendo concluída em 31 de outubro. Os primeiros resultados são referentes ao número da população de cada município, que será divulgado em 27 de novembro de 2010, para ser enviado ao TCU que calcula o Fundo dos Municípios. Os outros resultados serão divulgados ao longo do ano de 2011 e 2012. Todas as etapas tem sido cumpridas no prazo.
O Presidente do IBGE ressaltou ainda que este não é apenas um Censo Demográfico, é um Censo de domicílios e de população, pois todos os 58 milhões de domicílios brasileiros serão visitados, e completa: “A coleta será exaustiva e ágil, garantindo cobertura completa e precisão no levantamento.” Portanto, a partir de 1º de agosto, receba o recenseador do IBGE, responda corretamente o questionário e contribua para um Brasil melhor.
A Comissão Consultiva do Censo 2010 é composta por 12 membros, selecionados pelo IBGE em função de seu notório saber ou de sua atuação nos temas, métodos e técnicas que estão sendo discutidos para a operação censitária. Ao grupo compete fornecer subsídios e assessorar o IBGE na definição do conteúdo dos questionários, no uso da amostragem e na definição de métodos de apuração dos dados, entre outros itens.
A preparação do Censo envolveu consultas às comunidades de especialistas, centros de pesquisa e universidades e, em especial, aos pesquisadores das áreas da Demografia, Educação, Saúde, Trabalho e Rendimento, entre outras, além.
O IBGE tem estabelecido parcerias nos âmbitos da ONU, Escritório de Estatísticas da União Européia (EUROSTAT), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e MERCOSUL para aprimorar o conhecimento sobre questões relacionadas à garantia de qualidade do Censo, como avaliação, crítica, imputação e validação dos resultados.
O projeto “Vamos Contar” tem como alvo os alunos e professores de cerca de 250 mil escolas públicas e particulares do país. Trata-se de uma iniciativa do IBGE cuja intenção é fazer com que os estudantes, esclarecidos sobre a importância do Censo, estimulem seus pais e responsáveis a receber o recenseador e responderem corretamente ao questionário. E, também, que os professores saibam utilizar os dados levantados no Censo em sala de aula, estimulando a cidadania e o conhecimento do Brasil.
Começou ontem, 19 de julho, o treinamento presencial dos 18.802 classificados para a segunda etapa da seleção dos recenseadores que vão trabalhar no Censo 2010 no estado do Rio de Janeiro. Espalhados pelos 92 municípios do estado em 117 pólos de treinamento com 650 salas de aula, eles terão treinamento até a próxima sexta-feira (dia 23) e realizarão uma prova no sábado (dia 24), após a qual 17.251 serão selecionados e contratados para dar início à coleta de dados do Censo 2010, que começa em 1º de agosto.
Somente no município do Rio de Janeiro são 979 agentes censitários que juntamente com os 6.849 recenseadores trabalharão em 93 postos de coleta instalados em todo o município e visitarão cerca de 1,9 milhões de domicílios.
Entre os futuros recenseadores, as mulheres são maioria (59%), assim como os jovens: cerca de 38% dos candidatos têm entre 18 e 25 anos. A energia para o trabalho, entretanto, não encontra barreiras na idade: há um candidato com 81 anos no município do Rio de Janeiro.
Em entrevista coletiva, a Coordenadora Operacional de Censos, Maria Vilma Salles Garcia, destacou a importância do treinamento para a preparação dos candidatos. O treinamento possui uma etapa de auto-instrução e outra presencial compostas por manuais, vídeos e slides. Desde o Processo Seletivo, os candidatos já possuíram o primeiro contato com o Manual do Recenseador.
O mesmo material é utilizado no treinamento de todos os 191.000 recenseadores de todos os 5.565 municípios do país. Ao final desta etapa, espera-se que todos estejam capacitados a realizar a coleta de dados em aproximadamente 58 milhões de domicílios em todo o Território Nacional, da forma mais homogênea possível, assegurando uniformidade na disseminação dos conceitos e procedimentos e garantindo qualidade aos resultados do Censo 2010.
Abrindo um novo canal de comunicação mais direto e de maior interação entre o IBGE e as sociedades locais, as CMGEs terão caráter permanente, ou seja, continuarão a existir mesmo depois de terminada a Operação Censitária de 2010. Já as CCEs e CCLs têm caráter provisório, ou seja, existirão somente durante o Censo 2010.
Em reuniões já ocorridas, as comissões já debateram a atualização dos mapas da Base Territorial que o IBGE usa como parâmetro para organizar o território. Antes da coleta, contribuem na montagem dos cerca de sete mil postos de coleta espalhados em todo território nacional. No período de coleta de dados, as Comissões terão reuniões de acompanhamento dos trabalhos. Após a coleta dos dados tomarão conhecimento dos resultados preliminares e, quando for o caso, poderão levantar questões pertinentes sobre a coleta.
Cerca de 60 mil pessoas/entidades já estão envolvidas nas CCEs, CMGEs e CCLs, podendo esse número ainda ser maior com a chegada de novos participantes. Desde maio de 2009, esse contingente se reúne para acompanhar os trabalhos do Censo, desde a sua preparação até a divulgação dos dados.
São comissões que, presididas por um representante do IBGE, estabelecem parcerias entre o Instituto e a sociedade para a realização do Censo. Participam dessas comissões entes de governo, da iniciativa privada e da sociedade local em geral. Elas representam mais um instrumento de garantia da transparência do trabalho feito pelo IBGE.
A própria existência das CCEs e CMGEs é uma iniciativa do IBGE de mobilizar a sociedade a participar do Censo. Essas Comissões representam mais um canal de participação, dando transparência e retorno dos investimentos feitos pelo Governo e dos resultados esperados para a sociedade. Além disso, será feita campanha publicitária nacional sobre a operação censitária.
Sim. Devido ao porte dessa operação, o IBGE procura envolver a sociedade no Censo. E isso ocorre de diversas formas: desde o apoio que busca na imprensa, para a divulgação de todas as etapas de planejamento e da coleta dos dados, até o envolvimento de esferas de governo e entidades representativas da sociedade civil em cada um dos 5.565 municípios do país. Não à toa, o IBGE institui as Comissões Censitárias Estaduais (CCEs), Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGEs) e, em algumas localidades, as Comissões Censitárias Locais (CCLs).
O Censo Demográfico 2010 será realizado com respaldo na legislação que rege os levantamentos das estatísticas nacionais. A legislação é rigorosa e clara nesse sentido, determinando tanto a obrigatoriedade da prestação de informações ao IBGE quanto o caráter sigiloso das informações individualizadas coletadas, que devem ser utilizadas exclusivamente para fins estatísticos.
As estatísticas são construções baseadas na agregação de informações individuais, retirando-lhes a individualidade e a identidade, para a construção de resumos das características relevantes da coleção de indivíduos, firmas, entidades, produtos, etc. Por conseguinte, os “fins estatísticos” são aqueles que não demandam a disponibilização de informações individualizadas e quando o IBGE divulga os resultados de suas pesquisas preserva a individualidade e a identidade de seus informantes.
E quais são essas normas legais?
Abaixo seguem duas normas que garantem a confidencialidade dos dados prestados ao IBGE.
- Decreto nº 73.177, de 20 de novembro de 1973 – regulamenta a Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, modificada pela Lei nº 5.878, de 11 de maio de 1973, que dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação de informações ao Plano Nacional de Estatísticas Básicas e ao Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas. Esse decreto estabelece quem está obrigado a prestar as informações solicitadas pelo IBGE e o caráter sigiloso que resguarda as informações prestadas.
- Decreto nº 74.084, de 20 de maio de 1974 – aprova o Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas, assegura, em seu Artigo 8º, a proteção, pelo sigilo, das informações previstas no plano e, em seu Artigo 9º, prevê a divulgação de informações e dados, bem como sua entrega ao público através de anuários, relatórios, sinopses e publicações especializadas.
O melhor período para a realização do Censo é aquele no qual o movimento da população é o menor possível, e a grande maioria das pessoas está presente em seus domicílios. Dois outros aspectos importantes: as condições climáticas durante o período da coleta de dados e a programação do censo com o ano fiscal, pois operações censitárias requerem liberação de recursos e contratações, ambas em grande escala. A escolha da data de referência também causa impactos na precisão e comparabilidade dos dados apurados. Levando-se em conta que a data de referência do último Censo foi o dia 1º de agosto de 2000, a comparabilidade com as informações anteriores não será prejudicada.
É por isso que os censos precisam ter uma data de referência. No Censo 2010, essa data de referência será a noite do dia 31 de julho para 01 de Agosto. Assim, devem ser recenseadas todas as pessoas que moravam habitualmente no domicílio nesta data. Ou seja, as pessoas que nasceram depois de 31 de julho de 2010 não são recenseadas; e as pessoas que faleceram depois de 31 de julho de 2010 devem ser contadas, pois faziam parte do domicílio na data de referência e, portanto, estão incluídas no Censo 2010.
O censo é uma pesquisa domiciliar e seria uma operação logística extremamente complexa e demorada ter de entrevistar os cerca de 190 milhões de brasileiros, um a um. Portanto, a partir de 1º de agosto, o IBGE visita todos os domicílios do País – cerca de 58 milhões de domicílios - e, dentre seus moradores, um ou mais moradores respondem ao recenseador e prestam informações sobre todos os que ali moram.
Os Censos têm ocorrido decenalmente em quase todo o mundo. Entre os especialistas é inquestionável a importância de se respeitar o intervalo de dez anos, pois a recomposição de uma população nacional com base em censos posteriores ou anteriores não é tarefa fácil, nem em países com população estável. Além disso, trata-se de uma operação dispendiosa e que necessita de grande preparo logístico. O Censo brasileiro é realizado a cada década e é um dos maiores do mundo.
Os Censos têm ocorrido decenalmente em quase todo o mundo. Entre os especialistas é inquestionável a importância de se respeitar o intervalo de dez anos, pois a recomposição de uma população nacional com base em censos posteriores ou anteriores não é tarefa fácil, nem em países com população estável. Além disso, trata-se de uma operação dispendiosa e que necessita de grande preparo logístico. O Censo brasileiro é realizado a cada década e é um dos maiores do mundo.
Já ocorreram 11 Censos no Brasil. Na tabela abaixo, você encontra os anos em que eles ocorreram e qual foi a população do Brasil apurada nessas ocasiões.
Além da realização dos 11 Censos Demográficos, o IBGE também realizou, nos anos de 1996 e 2007, Contagens Populacionais cujo objetivo foi aprimorar a qualidade das estimativas anuais da população, uma vez que, de acordo com o Artigo 102 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992, o IBGE deve encaminhar ao Tribunal de Contas da União – TCU, até o dia 31 de outubro de cada ano, a relação das populações por Estados e Municípios para que o TCU possa determinar a distribuição dos recursos do Fundo de Participação Municipal - FPM.
